Estabilidade profissional!?
Estabilidade profissional…
Existe??
Para a maioria da população mundial e principalmente nos países atrasados, e no caso do Brasil por ser um país subdesenvolvido industrializado, por possuir um sistema político econômico vinculado ao capitalismo, é que essa constante busca pela estabilização profissional se faz notória desde o império. A educação sempre foi embasada na preparação mental da criança para que conforme fosse amadurecendo, já seria gradativamente condicionada pela sistemática da estabilidade profissional, ou seja, estude, tire boas notas, arrume um bom emprego, trabalhe até se aposentar e então seja feliz durante e todo o sempre. Mas será? É até dá para arriscar dizer que por um bom período foi assim que aconteceu, pelo menos no tempo de nossos pais, avós, bisavós, enfim, como tudo muda e nada é tão mutável quanto o mercado em geral, não poderia ser diferente com relação às fontes de segurança dos trabalhadores.
Economicamente qualquer país sofre abalos sísmicos em sua estrutura e isso é o resultado da constante transição em várias áreas e cabe aqui frisar que a mudança na mentalidade de acordo com as novas gerações são de grande importância para a consciência do profissional do amanhã. Não há mais como garantir para esse ou aquele que o futuro será promissor, se não buscarem desenvolver habilidades de acordo com as exigências do novo mercado. Estamos na era da informação e o digital faz com que essa sofra uma constante atualização, tudo está mudando muito rápido e o ponto positivo é que nossos jovens de hoje já estão desenvolvendo uma mente mais empreendedora do que seus pais e avós, e isso, graças a esse acesso rápido em torno da pesquisa e principalmente porque na maioria das vezes eles não precisam pesquisar tanto assim, pois as informações já estão explícitas diariamente em suas redes sociais.
Num passado não muito distante, qualquer jovem ao concluir seu ensino do segundo grau, que hoje é o ensino médio, já buscava uma colocação em uma grande empresa ou até numa multinacional para alí então fazer um plano de carreira e quem sabe ficar até sair a sua aposentadoria, depois de uma vida dedicada para àquela empresa, e não havia nada de errado nisso. Porém, essa já não é mais a inspiração da maioria nos dias atuais, nossos jovens já não querem mais bater ponto, como foi o sonho de muitos por muito tempo, hoje o estímulo é empreender, inovar, é home office, é o “be free” (ser libre), trabalhar fora do país e assim por diante. Mudaram as inspirações e com elas mudaram também os objetivos, ou melhor, os sonhos. Quando era perguntado para algum jovem de gerações passadas sobre o seu sonho, este prontamente já seduzido pela carreira profissional escorada pela estabilidade, respondia: “vou trabalhar na empresa tal, vou fazer um concurso público”; depois vinham ideias como comprar um apartamento ou uma casa, um bom carro, viajar uma vez por ano, ter filhos, algum animal de estimação e pronto, já estava definido a vida de qualquer pessoa que traçava sua história dentro dos padrões de normalidades da época. E hoje, como está? Bem, conforme eu citei acima, a nação juvenil hoje está mais aberta em relação às suas escaladas profissionais, ninguém mais segura uma geração que nasceu com a informação no colo, alguns chamam de geração “Z” outros chamam de geração “millennials”, mas o fato é que essas crianças antes mesmo de saberem ler já tinham acesso a informações que a minha geração que era a “X” só teve na adolescência, tudo isso graças a modernidade tecnológica que trouxeram a internet e posteriormente essas máquinas maravilhosas que são os smartfones. Mas e a estabilidade profissional? Devido a todo esse processo de transformação mundial é que se é possível afirmar nos dias atuais que a estabilidade profissional não existe, para esclarecer melhor essa opinião, vou fazer o uso aqui da analogia do Flávio Augusto, um grande empresário/empreendedor do canal Geração de Valor, que ao expressar sua opinião sobre o tema, exemplificou com uma comparação do passarinho na gaiola, onde ele deixa bem claro que aquele que opta por segurança, automaticamente estará abrindo mão da liberdade, parece uma afirmação bem forte, mas pare e pense, segundo Flávio Augusto, um passarinho dentro da gaiola, aparentemente está seguro, até porque dentro da gaiola tem água, alpiste e segurança, pois um gato não consegue entrar dentro da gaiola para apanhá-lo. Por outro lado a segurança dessa pequenina ave de uma hora para outra poderá estar comprometida, porque assim como todo quinto dia útil de cada mês o “alpiste” “cai na conta”, de repente a pessoa que colocava a água e a comida morre, sim é um fato que pode ocorrer, e aí? O que era seguro, num minuto deixou de ser. Ainda de acordo com o mega empreendedor: quando alguém acredita na estabilidade, essa pessoa toma decisões baseadas numa premissa e dessa forma poderá se machucar e se frustrar traumáticamente, o que nós podemos observar conforme aconteceu neste período de pandemia..
Meu pensamento é: se você busca estabilidade, faça um grande investimento em si mesmo, invista em bons conteúdos para sua mente, desligue a televisão, cuide melhor do seu jardim, plante bons frutos cognitivos, desenvolva sua comunicação lendo bons livros, acesse conteúdos de desenvolvimento pessoal e profissional, respeite as diferenças alheias e principalmente cuide do seu relacionamento com atenção total ao seu amado, ou sua amada.
Grande beijo no seu coração. Com carinho, o amigo Gaudi Vieira