Minha mente mente!?

MINHA MENTE MENTE!?

Sim, a resposta é muito simples, nossa mente é comandada pelas reações cerebrais que através da mesma é programada para nos proteger de toda e qualquer tipo de ameaça, e acreditem, o fato de você em algum momento decidir mudar de vida, e estando disposto a fazer qualquer coisa que remeta a buscar o novo, criar novos hábitos para alcançar um desenvolvimento pessoal, já inspira cuidados para o seu cérebro que prontamente passa o comando à sua mente: “você não precisa disso”, ou até mesmo que “você não irá conseguir”, isso porque tudo o que exige uma energia extra do seu cérebro já é motivo para que ele se manifeste contra. Mas, como isso acontece? Nosso cérebro é um mecanismo usado para nos proteger de toda e qualquer ameaça, a mente é a manifestação do cérebro para se opor a tudo que inspira cuidados e é daí que se desenvolve fatores racionais e irracionais como o medo e diversos paradigmas que guardamos involuntariamente, nossa mente é condicionada de acordo com as informações a qual foi alimentada desde a nossa infância, então, se você é uma pessoa confiante, que encara toda e qualquer adversidade da vida de forma corajosa e intuitiva, desenrolando qualquer situação com sabedoria, então, parabéns, você é uma pessoa privilegiada, seus pais provavelmente fizeram um bom trabalho com as atividades do seu desenvolvimento cognitivo e emocional, eu diria até que você é uma raridade. Agora, se sua realidade é outra, você é totalmente o oposto disso ou seja, sua mente é dotada de medos internos que te privam de viver coisas maravilhosas pelo simples fato de não acreditar ser capaz de atingir, então, seja bem vindo ao grupo da maioria das pessoas, sim uma maioria bem expressiva, eu diria até que mais de 90% de nós.

OS PARADIGMAS MENTAIS

Conforme nosso corpo é alimentado com nutrientes, vitaminas, água e óleo, nossa mente além desses componentes nutritivos, recebe ainda uma montanha de informações que muitas delas vêm através de mensagens nada convencionais para uma caminhada rumo ao sucesso. Os fatores cerebrais que dão origem aos nossos paradigmas, que desencadeiam nossas crenças limitantes e nos fazem acreditar que não somos capazes de atingir certo feito que condiz com um resultado acima da média, algo que difere daquilo que fomos programados, tiveram origem através de um acúmulo de “nãos” que ouvimos desde a nossa infância, quando ainda bem pequeninos estávamos aprendendo sobre tudo, inclusive se comunicar e conforme deparamos com algo novo que gostaríamos de saber porque aguçam nossa curiosidade de criança, logo vinha um estridente “NÃO” que na maioria das vezes até nos assustava, sim, é justamente o que a maioria de nós fazemos com nossas crianças hoje, e você pode até estar pensando, mas isso é normal, então eu posso te afirmar que é comum, mas não é o normal já que para conduzirmos uma criação livre de medos, para desenvolvermos uma mente sem paradigmas é necessário que se faça uma educação com o máximo de restrição dos “nãos” e é claro que esse é um processo trabalhoso que exige um esforço muito grande em relação ao simples ato de dizer: “não faça isso”, “não faça aquilo”, “não vá lá”, “não isso, não aquilo, não mexa, não faça” e por aí vai, é uma sucessão de nãos que conforme vamos crescendo vamos nos calando e perdendo a espontaneidade em aceitar os desafios do cotidiano e automaticamente nos reprimindo para tudo que é desafiador.

OS PARADIGMAS NA ADOLESCÊNCIA

Conforme a criança vai desenvolvendo, seus “medos” vão se apresentando através de inúmeras reações, que de acordo com personalidade de cada um, vão se manifestando das mais inusitadas formas, já na pré-adolescência essas reações são demonstradas nos comportamentos agressivos de algumas crianças, essa agressividade hora exteriorizada no seio familiar, em outro momento revelada no meio social, afetando pessoas de diversas idades, outras são acometidas pela timidez excessiva e em algumas são manifestadas através da indiferença para com seus familiares mais próximos. Mais tarde esses, então jovens adolescentes, quando são submetidos às ações diárias do convívio social, onde precisam de alguma forma se manifestarem, são indivíduos totalmente inseguros para demonstrarem aquilo que sentem, pensam ou temem, são projetos de seres que na sua essência estão limitados para uma vida de possibilidades, pessoas que não arriscariam um centavo para não correr o risco de sofrer uma mudança repentina que lhe possa causar algum tipo de instabilidade em relação a segurança da sua zona de conforto, prisioneiros do seu próprio cárcere mental.

É claro que os relatos apresentados através deste artigo e que são apenas resultados de pesquisas feitas por grandes especialistas das mais diversas áreas da psicologia e pesquisadores das ações comportamentais do nosso cérebro, não são uma verdade absoluta que se possa generalizar, mas sim, são conceitos baseados num número que remete a maioria dos casos estudados. Você e eu sabemos que existem jovens que se destacam por serem exímios gestores de seus sentimentos, pensamentos e emoções, destacando-se em suas atividades extracurriculares pela sua altivez e perspicácia.

ELIMINANDO PARADIGMAS NA ORIGEM

Não é intuito deste artigo querer ensinar ou influenciar os pais ou responsáveis na educação de seus filhos, embora o conteúdo traga grandes exemplos de que quando usados consistentemente no desenvolvimento de uma criança, poderá impactar consideravelmente na vida futura daquela. Ao precisar proferir o primeiro “não” numa ação incorreta da criança, você poderá travar seu instinto, sim, porque é instintivamente que a afirmação negativa é proferida, e então procurar desenvolver técnicas de negociação com sua criança ainda bebê. Você poderá até pensar que procurar uma forma técnica para negociar com seu filhinho possa parecer algo tão bobo, mas acredite, não é, é sim uma tática que lá na frente conforme seu filho for atingindo a idade adulta, manifestar-se-á nele um verdadeiro negociador, um cidadão capaz de se apresentar de cabeça erguida em qualquer situação exigida no cotidiano adulto e não aceitar de cabeça baixa o que é imposto de forma abusiva como é de costume para a maior parte da massa populacional corporativa. Eu conheço um casal que ao educar seus dois filhos, usaram dessas metodologias na maioria das vezes possíveis e coincidentemente ou não, seus meninos hoje um já na adolescência e o outro, quase um homem adulto, demonstram atitudes de “homens livres” pessoas que pensam por si, que não são arrastadas pela opinião pública, desenvolvem seus próprios raciocínios e inclusive são muito educados para com seus pais, amigos, demais familiares e inclusive com estranhos. Lembro de uma fase na educação desses que, como a maioria das crianças que são criadas num lar de possibilidades, queriam tudo que viam, era uma festa de “eu quero isso, eu quero aquilo”, então seu pai certo dia resolveu levá-los para dar um passeio até a capital, já que eles residem na região metropolitana de Porto Alegre e lá estando apresentou-os uma realidade que eles não conheciam, sim, foi um bak social, um sacode de realismo que fez com que os meninos entre os seus seis e nove anos mais ou menos tivessem uma mudança drástica de comportamento para as coisas simples da vida. Também trago aqui uma história de um casal de amigos, proprietários de um mercado numa pequena cidade, também na região metropolitana de Porto Alegre-RS, que supriu todas as vontades de sua filha e esta então desde criança até a adolescência sempre teve tudo o que queria dentro das possibilidades da época, que não eram tão escassas, recordo uma fase em que ela só usava roupas de marca, porém, ainda na adolescência tornou-se uma menina dentro dos padrões de uma criança “mimada”, daquelas que não queria sequer lavar uma louça para sua mãe, lembro que muitas vezes seu próprio pai lavava a louça para não ver a mãe brigando com a filha, o que deixava então sua menina mais e mais mal acostumada, com a vida de princesa que tinha na casa dos pais. Certo dia, surgiu a oportunidade da jovem, já com seus mais de 18 anos, fazer um intercâmbio na Austrália e eis que era uma grande chance daquela menina lutar com suas próprias forças, os pais embora eufóricos com ideia da filha fazer uma experiência fora do país, ficaram muito preocupados de como seria a vida da filha tão longe de casa, foi aí que eu como amigo próximo do casal, confortei-os afirmando que não se preocupasse com a filha vivendo distante deles, já que ela sempre fora uma menina muito esperta, era de uma inteligência diferenciada e que de fome não morreria, sim, fui rude mesmo, usei essa expressão para dizer que ela se daria bem lá fora e que com certeza iria dar o seu jeito de sobreviver num país estrangeiro já que ela estava muito eufórica para ir. Passados os primeiros dias, semanas e meses e pronto, veio a notícia de que ela já estava muito bem acomodada, fazendo unha para ganhar uma grana extra e inclusive trabalhando numa panificadora, enfim, a desenvoltura da moça foi tão grande que logo já tinha arrumado um emprego melhor, conheceu um australiano, namoraram e este ensinou muitas das peculiaridades territorial para ela, atualmente é outra pessoa, uma mulher formada, uma pessoa de sucesso que cuida da sua casa, dos seus interesses e inclusive de si própria. Não quero generalizar aqui afirmando que é assim que terá que acontecer com esse ou aquele, mas o que eu deixo bem explícito é que não temos o direito de bloquear a mente de nossas crianças com paradigmas que possam condená-las a viver com medo das oportunidades, de enfrentar as adversidades da vida e sabemos que estas serão muitas. Quando eu aconselhei os pais, principalmente a mãe, que estava aflita com a ideia da filha ir pra longe, podendo passar por alguns perrengues sem ter eles por perto, é claro que  eu assumi um risco de ouvir deles um: “eu não devia ter deixado ela ir”, por outro lado eu sabia que aquela menina de boba não tinha nada, eu via nela um potencial de uma grande vencedora, alguém que precisava apenas afastar-se de sua “zona de conforto”, ou melhor, eu sabia que embora seus pais a amavam incondicionalmente, mas eram eles os verdadeiros responsáveis pelas atitudes da filha, principalmente do pai que fazia de tudo para não ver a mãe educando a filha com certa rigidez. Enfim, atualmente os pais a visitam na Austrália, de vez enquanto ela vem ao Brasil e hoje aquela menina mimada é uma mulher feita, com um inglês fluente, uma experiência de invejar a qualquer um que sonha com uma vida bem sucedida.

Caro leitor, se o que você leu até aqui, de alguma forma fez você refletir, é porque lá dentro de você há um nível categórico mental discernindo do que pode e deve fazer, do que se deve evitar com o intuito de evitar confusões mentais posteriores. Monitore constantemente sua mente, nunca diga que você não pode fazer algo, sem nem mesmo ter tentado. Você é muito melhor do que imagina e será mais feliz do que pensa.

About Author:

Eu, Gaudi Vieira, sou um apaixonado pelos temas relativos à excelência pessoal e profissional buscando sempre compartilhar o que há de melhor no resultado de minhas pesquisas sobre o assunto.

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